No mundo hiperconectado de hoje, onde a experiência do usuário é uma métrica valiosa, os princípios do design universal nunca foram tão críticos.
Esses princípios vão além de simplesmente tornar os produtos acessíveis para pessoas com deficiências; eles são um conjunto de orientações que, quando aplicadas de forma adequada, podem tornar um design útil e agradável para o mais amplo espectro possível de pessoas.
Contudo, não importa o seu nível de habilidade, idioma, cultura ou idade, o design universal visa fornecer uma experiência inclusiva. Então, quais são esses princípios?
1. Uso Equitativo
Definição: O design deve ser útil e acessível para pessoas com diversas habilidades.
O uso equitativo no design vai além de simplesmente cumprir regulamentações legais. Trata-se de criar uma experiência que seja acolhedora para todos. Isso significa que o design deve ser versátil o suficiente para atender a diferentes necessidades sem exigir adaptações ou soluções especializadas para grupos específicos.
Exemplo: Considere um aplicativo de mobilidade urbana. Um design verdadeiramente equitativo incluiria opções como comandos de voz para pessoas com deficiência visual, ampliação de texto para pessoas com deficiência visual leve, e interfaces táteis para quem não pode usar comandos de voz. Tal aplicativo também ofereceria rotas acessíveis para cadeirantes ou pessoas com carrinhos de bebê.
2. Flexibilidade no Uso
Definição: O design deve acomodar uma ampla gama de preferências e habilidades individuais.
Flexibilidade no uso implica que o design deve ser personalizável ao máximo, permitindo que os usuários ajustem a experiência de acordo com suas necessidades e preferências. Isso é fundamental em um mundo cada vez mais globalizado e diversificado.
Exemplo: Um website de comércio eletrônico bem projetado oferece diversas opções de visualização de produtos: imagens 2D, visualizações 3D, realidade aumentada, e talvez até descrições de texto para leitores de tela. Dessa forma, seja qual for o gosto ou necessidade do usuário, ele encontrará uma forma de interagir com o conteúdo de forma significativa.
Quais são os 7 Princípios do Design Universal?
3. Uso Simples e Intuitivo
Definição: O uso do design é fácil de entender, independentemente da experiência, conhecimento ou concentração do usuário.
Este princípio apela para a usabilidade, exigindo que os designers criem interfaces que sejam autoexplicativas ou, pelo menos, extremamente fáceis de aprender. Em muitos casos, um bom design será aquele que os usuários nem percebem, porque ele funciona de forma tão eficaz.
Exemplo: Um sistema de navegação de carro bem projetado usará símbolos universais, uma interface clara e instruções de voz concisas. Isso permite que pessoas de diferentes origens culturais e níveis de habilidade com tecnologia possam usar o sistema sem uma curva de aprendizado íngreme.
4. Informação Perceptível
Definição: O design comunica informações necessárias de forma eficaz ao usuário, independentemente das condições ambientais ou das habilidades sensoriais do usuário.
Informação perceptível significa que toda informação deve ser apresentada de forma que possa ser facilmente detectada por qualquer usuário. Isso envolve considerações sobre contraste, tamanho da fonte, e até opções de áudio.
Exemplo: Um aplicativo de receitas pode usar contraste de cores alto para garantir que o texto seja legível sob várias condições de iluminação, um tamanho de fonte ajustável para diferentes habilidades visuais, e uma opção de leitura em voz alta para usuários com deficiência visual ou aqueles que preferem ouvir as instruções enquanto cozinham.
5. Tolerância ao Erro
Definição: O design minimiza perigos e consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
A tolerância ao erro não é apenas uma prática recomendada em design mas sim, uma necessidade. Os usuários cometerão erros, e o design deve acomodar esses erros com a mínima penalidade possível.
Exemplo: Um software de edição de vídeo deve oferecer uma função “desfazer” robusta e de fácil acesso, permitindo que os usuários corrijam erros sem ter que recomeçar do zero. Além disso, alertas de confirmação antes de ações irreversíveis também são úteis.
6. Baixo Esforço Físico
Definição: O design pode ser utilizado de forma eficiente e confortável, com um mínimo de fadiga.
Baixo esforço físico é especialmente importante em ambientes de trabalho ou em produtos que serão usados por longos períodos de tempo. Sendo assim, esse princípio se concentra em reduzir a fadiga e o esforço, tornando o produto ou ambiente mais amigável e sustentável ao uso.
Exemplo: Cadeiras ergonômicas em um espaço de coworking, com ajustes de altura, inclinação e suporte lombar, permitem que os usuários ajustem seu espaço para minimizar o desconforto físico durante longas horas de trabalho.
7. Tamanho e Espaço para Aproximação e Uso
Definição: O design oferece tamanho e espaço adequados para acesso, alcance, manipulação e uso, independentemente do tamanho, postura ou mobilidade do usuário.
Este princípio é crucial para tornar espaços e produtos acessíveis para todos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida. Não é apenas sobre tamanho, mas também sobre o espaço de manobra, a altura dos objetos e a facilidade de alcance.
Exemplo: Caixas eletrônicos com altura e inclinação ajustáveis, bem como espaço suficiente para acomodar uma cadeira de rodas, garantem que pessoas de diversas alturas e níveis de mobilidade possam usar o serviço confortavelmente.
Como aprender mais sobre os Princípios do Design Universal?
Agora que você está familiarizado com os princípios do design universal, você perceberá o quão essenciais eles são para criar projetos inclusivos e acessíveis. Embora possa parecer uma tarefa assustadora incorporá-los, o retorno em termos de alcance e satisfação do usuário é inestimável.
Se você deseja se aprofundar ainda mais nesses princípios, recomendamos cursos especializados que fornecerão as habilidades e o conhecimento necessários para colocar essas teorias em prática. Não adie a inclusão; torne-a uma prioridade no seu próximo projeto de design.